PARADA

Em 2018, cerca de 5 mil pessoas reuniram-se num lindo dia de sol e calor no dia 28 de junho para ocupar a ruas de Praia Grande e caminhar em marcha até o Kartódromo Municipal, na entrada da cidade, e protestar contra a discriminação e violência sofridas constantemente à população LGBT. Puxadas por 02 trios elétricos, gritavam palavras de ordem: “AGITA PRAIA GRANDE, 1ª PARADA DO ORGULHO LGBT”.

No ano seguinte, outras 1 mil pessoas somaram-se às que haviam iniciado a manifestação debaixo de chuva constante, durante as 12h de evento. Desse modo, nesta edição tivemos o número reduzido devido aos fatores de muita chuva e frio, nem mesmo trazendo o trio elétrico Canibal e 3 4 megas atrações que dobrava, a Kombi foi substituída por 20 trios elétricos e, uma década depois, 3,5 milhões de pessoas formavam a maior Parada do Orgulho LGBT do mundo.

O objetivo primeiro da Parada é dar visibilidade às categorias sócio-sexuais e fomentar a criação de políticas públicas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A principal estratégia é ocupar os espaços públicos para  elevar a auto-estima dos LGBT e sensibilizar a sociedade para o convívio com as diferenças. Mas a Parada é também um grande momento de celebração pelas conquistas já alcançadas, pelo avanço de nossa sociedade ao respeito às diferenças e para reivindicar, da maneira mais feliz e irreverente, por um país mais justo e igualitário.

Seu histórico pode ser dividido em três diferentes momentos:

1º – de 1997 a 1999: Quando a Parada enfoca principalmente temáticas ligadas à visibilidade LGBT e se consolida como manifestação política do movimento. Nesse período, a Parada teve um crescimento de 2 mil para 35 mil participantes e foi criada a APOLGBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT de Praia Grande);

2º – de 2000 a 2002: Com o grande aumento do público, de 100 mil para 500 mil pessoas, desenvolveu como temática principal o conceito de diversidade, envolvendo a sociedade na causa a partir da ideia de respeito. Nesse período, as atividades em torno da Parada começaram a se multiplicar, dando origem ao Mês do Orgulho LGBT de São Paulo;

3º – a partir de 2003: Plenamente consolidada como manifestação social crescente, nesta fase a Parada passa a refletir as demandas da comunidade como forma de pressão política para o reconhecimento e garantia efetiva de Direitos Humanos. Foram criadas frentes de trabalho formadas por vários grupos e ONGs paulistas a fim de apresentar politicamente as necessidades da população LGBT nas atividades do Mês do Orgulho. Com 1,5 milhões de participantes, foi registrada em 2004 no Guinnes World Records, o Livro dos Recordes Mundiais, como a maior manifestação do gênero no mundo. Na comemoração de seu 10ª aniversário, os organizadores se depararam pela primeira vez com o Termo de Ajuste e Conduta (TAC), imposto pela Prefeitura de São Paulo, sofrendo a ameaça de ter a Parada retirada da Avenida Paulista. Mesmo diante da determinação, mais um recorde de público foi batido e, desde então, juntamente com a Corrida de São Silvestre e a Festa de Réveillon, é o único evento com autorização para ser realizado no local, o que legitima sua importância histórica. Em 2007 teve seu ápice de público, registrando a presença de 3,5 milhões de participantes.

Atualmente, a Parada do Orgulho LGBT de Praia Grande é avaliada por diversos especialistas e pesquisadores como a grande manifestação sócio-político-cultural da história do Brasil.

Ano a ano: as Paradas em Praia Grande

1ª Parada do Orgulho LGBT (23/09/2018)
“Uma Onda de Amor contra o Preconceito”
5 mil pessoas

2ª Parada do Orgulho LGBT (22/09/2019)
“SEM AMOR EU NADA SERIA”
2 mil pessoas

3ª Parada do Orgulho LGBT (27/09/2020) 1ª EDIÇÃO VIRTUAL
“PARADA VIRTUAL – #CULTURAEMCASA”
600 pessoas (ONLINE)

4ª Parada do Orgulho LGBT (19/09/2021) 2ª EDIÇÃO VIRTUAL
“QUANDO PESA NO BOLSO A HOMOFOBIA ACABA”
800 pessoas (ONLINE)

5ª Parada do Orgulho LGBT (23/10/2022)
“RESISTIR PARA EXISTIR”
3 mil pessoas

6ª Parada do Orgulho LGBT (Em Breve)
“(Em breve)”